Sequência didática: Faça Bonito – Proteção e cuidado com a infância!

Entendendo o tema:

A campanha do Faça Bonito é realizada no Dia 18 de Maio, “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. Instituída pela Lei Federal 9.970/00, a data é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro e já alcançou muitos municípios do nosso país. Neste sentido, organizamos a Sequência didática: Faça Bonito – Proteção e cuidado com nossas crianças e adolescentes.

O Brasil, ao estabelecer o dia nacional, oficializou a necessidade de ações contínuas e coordenadas para proteger crianças e adolescentes da violência sexual. A data alinha-se diretamente aos princípios do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, que orienta as políticas públicas e ações em todo o território nacional, buscando prevenir, proteger e responsabilizar nos casos de violência sexual, promovendo uma cultura de proteção integral.

O objetivo da data é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da defesa dos direitos de crianças e adolescentes. É urgente garantir a todas as crianças e adolescentes o direito ao seu desenvolvimento de forma segura, protegida e livre do abuso e da exploração sexual. A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes envolve vários fatores de risco e vulnerabilidade quando se considera marcadores sociais como as relações de gênero, raça/etnia, orientação sexual, classe social, local de moradia (rural ou urbana), condições econômicas e fatores geracionais.

Sequência didática: Faça Bonito – Proteção e cuidado!

Faixa etária: 6 a 7 anos (alfabetização)
Duração sugerida: 3 a 4 encontros (1 aula por dia)

OBJETIVO GERAL

Promover o desenvolvimento da consciência sobre o cuidado com o corpo, os sentimentos e a importância de buscar ajuda com adultos de confiança em situações de desconforto ou medo, de forma lúdica e acolhedora.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Estimular o diálogo sobre sentimentos e limites do corpo.
• Identificar pessoas e lugares que oferecem segurança.
• Desenvolver o senso de proteção e autocuidado.
• Incentivar o respeito ao outro e à própria intimidade.
• Favorecer a oralidade, escuta e registro por meio da arte e da escrita.

DURAÇÃO

3 a 4 encontros (1 aula por dia)

MATERIAIS

• Cartazes com imagens (famílias, emoções, flor símbolo)
• Lápis, borracha, lápis de cor, papel crepom, tinta guache…
• Folhas para registro
• Músicas e histórias infantis relacionadas ao tema
• Atividades para registro
• Outros materiais que julgar necessário.

ETAPAS DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

DIA 1 – FAÇA BONITO: QUEM CUIDA DE MIM?

Objetivo: Identificar pessoas de confiança

• Roda de conversa: “Quem cuida de mim?”
• Mostrar imagens de famílias diversas, professores, médicos, policiais etc.
• Sugestão de atividade:

DIA 2 – FAÇA BONITO: MEU CORPO, MEUS SENTIMENTOS

Objetivo: Trabalhar limites do corpo e percepção de emoções
Atividade:

• Leitura de história (Sugestão: “Não me toca, seu boboca!”, “Pipo e Fifi“, “Meu corpo, Meu corpinho!“)

• Conversa sobre sentimentos
• Cartaz com rostinhos de emoções (feliz, triste, bravo, assustado…) e/ou recursos: Expressões emocionais (Lata das emoções)
• Sugestão de atividade de registro:

DIA 3 – FAÇA BONITO: PODE OU NÃO PODE?

Objetivo: Entender comportamentos seguros e inseguros
Atividade:

• “Pode / Não pode”: Semáforo do toque (Sugestão de vídeo)

• Conversa: “Com quem posso falar se algo me incomoda?”
• Atividade de Registro:

DIA 4 – FAÇA BONITO! A FLOR QUE PROTEGE

Objetivo: Sensibilizar sobre o símbolo da campanha
Atividade:

• Apresentar o símbolo da flor amarela do “Faça Bonito”
• Conversa sobre o assunto: A Resolução Nº 236/2023 do CONANDA oficializou a campanha “Faça Bonito – Proteja nossas crianças e adolescentes”, com a flor amarela e laranja como símbolo nacional do enfrentamento ao abuso e exploração sexual, orientando ações de prevenção e proteção em todo o território nacional.
• Atividade de Registro final:

AVALIAÇÃO

Observar a participação nas rodas de conversa, as produções orais e escritas, e o envolvimento nas atividades. Avaliar a compreensão sobre sentimentos, respeito ao corpo e identificação de adultos de confiança.

DICAS PARA CONDUZIR AS CONVERSAS

• Fale com leveza e acolhimento.
• Evite termos técnicos ou traumáticos.
• Traga sempre a ideia de que a criança pode e deve contar quando algo a incomoda.
• Reforce que a culpa nunca é dela e que existem adultos que cuidam e protegem.

Visite o site oficial e tire todas as suas dúvidas sobre o tema.

Com carinho,

Conto e Movimento